Fardo
Depois de tantos anos
Ainda ouço as palavras:
Enfado, saco, porre
Gritando em meus ouvidos
Como tambores.
Transfiro a tristeza, a raiva
Para o meu corpo
Que me corta, engorda
Não me olha
Delira...
Delira...
Acha que verá um monstro!
Tenho palavras.
Nada é mais rico
Mais triste
Mais forte
Mais bonito
Irritante
Irritante
Que as palavras
E eu as temo
Mas teimo e tolero
Com tédio
Eu, meu próprio fardo!
É urgente uma reação
Posição de vítima
Não combina mais
E como sei
Aparece o incomodo
A impaciência
O corpo e a mente pedem
Providência
Eu?
Irrito-me com a covardia
Com a paralisia
Queria ao menos não ser
Fardo, não pesar...
q linda!!!!
ResponderExcluirmesmo com peso vc é capaz de flutuar!
bjoka bela
Obrigada pelo apoio Aninha! A poesia é a maneira que eu me utilizo para sublimar a dor...
ResponderExcluirVocê é a prova de que a arte pode aliviar, e nos transformar em pessoas mais leves!
Bjs e bjs
a arte transforma! bela poeta vc!!!
ResponderExcluiramei!
bjoka
http://youtu.be/hcgtTrMBMEU
ResponderExcluirO show biz pode ser ajudar... Eddie Vedder Society with Johnny Depp! Espetáculo!
Saber utilizar- se da arte para reflexão, para buscar uma transformação subjetiva querida é muito positivo.
Beijos,
Malu