http://youtu.be/JQRXju_yIdU
Chão de Giz (Zé Ramalho)
"Às vezes, a raiva simplesmente me sufocava..."
A angústia é uma bola emperrada na glote,
que vai apertando a minha respiração...
para a minha respiração...
Falta ar no cérebro, vem a sensação de desmaio...
Seguro qualquer coisa.
Os pensamentos são confusos e, se abro a boca,
não falo coisa com coisa, ou a bola cai...
É uma tortura!
Fantasio um arrebento
no desespero de querer oxigênio.
Caio afogando...
Não restam mais bolhinhas
e preciso falar rápido!
É mais um gemido que uma fala,
um pedido de socorro,
em que os pulmões pedem socorro.
Um ruído sai da boca.
Mãos e pernas debatendo
impulsionam o corpo para cima, no poço.
Sufoco em tudo, mas a cabeça desponta
e emerge da água.
Consigo um pouco de ar
quando o vento me bate na cara
para eu ter coragem de sair de lá,
mesmo sem ar.
Então, um pequeno alívio surge,
num pequeno momento, bem pequeno,
mas surge após o medo,a culpa, a dor, a raiva...
A bola cai e a respiração volta aos poucos,
mas fico tensa, esperando o carrasco...
Não! Vou me afogar no poço novamente
E é assim sempre, sempre e sempre...
Chão de Giz (Zé Ramalho)
"Às vezes, a raiva simplesmente me sufocava..."
A angústia é uma bola emperrada na glote,
que vai apertando a minha respiração...
para a minha respiração...
Falta ar no cérebro, vem a sensação de desmaio...
Seguro qualquer coisa.
Os pensamentos são confusos e, se abro a boca,
não falo coisa com coisa, ou a bola cai...
É uma tortura!
Fantasio um arrebento
no desespero de querer oxigênio.
Caio afogando...
Não restam mais bolhinhas
e preciso falar rápido!
É mais um gemido que uma fala,
um pedido de socorro,
em que os pulmões pedem socorro.
Um ruído sai da boca.
Mãos e pernas debatendo
impulsionam o corpo para cima, no poço.
Sufoco em tudo, mas a cabeça desponta
e emerge da água.
Consigo um pouco de ar
quando o vento me bate na cara
para eu ter coragem de sair de lá,
mesmo sem ar.
Então, um pequeno alívio surge,
num pequeno momento, bem pequeno,
mas surge após o medo,a culpa, a dor, a raiva...
A bola cai e a respiração volta aos poucos,
mas fico tensa, esperando o carrasco...
Não! Vou me afogar no poço novamente
E é assim sempre, sempre e sempre...