A Civilização do Espetáculo

A Civilização do Espetáculo- do lindo Mario Vargas Lhosa!! 

Ele critica com sabedoria e firmeza as nações que não embasam as suas decisões seguindo o princípio norteador de uma Sociedade democrática- o ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.

Ele faz sempre um link entre esse princípio e um fato quando aborda diversos assuntos sociais, como por exemplo o uso de véus em escolas públicas na França.
A banalização do sexo- o jornalismo rasteiro- a mídia que compra mentes ... nós sabemos.

Mas me espantei com a sabedoria com que o Crítico Literário "cai de pau" na Literatura rasteira dos nossos dias, nos empresários que vulgarizam a TV (novelas brasileira)- a arte (o cara que defeca no palco e come suas fezes)- a literatura (50 tons de Cinza serve) somente para vender e alienar as pessoas- expondo em paralelo princípios constitucionais.

Claro que ele não cita o ART 5 da NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL- mas fiquem atentos, é o único caminho para uma sociedade menos espetaculosa onde o ter prevalece alienando o ser- e a nossa arma para a busca de uma sociedade mais igualitária.

Como eu não resisti- voltei à Freud em o Mal Estar na Civilização- pois Mario Vargas Lhosa escreve bastante nessa obra sobre a necessidade da religião- mas acabei me acalmando. Os Espetáculos que hora a sociedade nos impõe me classifica: MELANCÓLICA.

E como uma amiga Fernanda Dumêt diz, para quem está louca por um numero no DMS rsrsrsrsrsrsrsr- eu acho que encontrei não um número, mas meu próprio show. Vou continuar fora desse Espetáculo de ser "feliz e alegrinha" e ficar com Goethe... e uma cervejinha:

"Aquele que tem ciência e arte, tem também religião, o que não tem nenhuma delas, que tenha religião."

"Nada é mais difícil de suportar que uma sucessão de dias belos"
Goethe.

Malu Calado

AMOR

O filme AMOR mostra de uma maneira bem crua a realidade de um casal quando a esposa tem um derrame, perde as suas habilidades e não quer mais viver.
Não acho a abordagem do tema- a escolha de morrer, naquela situação- complexo- mas sim, muito corajoso.
O filme simplesmente fecha as portas para qualquer tipo de julgamento, e abre outras para a reflexão.

Malu

O LADO BOM DA VIDA

 

 

Após sair de uma instituição psiquiátrica, Pat volta para a casa dos pais com o propósito de refazer o seu casamento e tentar controlar os seus impulsos agressivos- desencadeados também por presenciar uma cena traumática.
Pat conhece Tiffany- uma mulher marcada pela morte do marido.
Ambos encontram na dança e na companhia um do outro um sentido para seguir com as suas vidas.
Conseguem abrandar as marcas do passado- a traição da ex mulher de Pat- bem como a morte do marido de Tiffany, que a leva à depressão- com a dança, amizade e o amor.

 PS- Cautela com as sinopses sobre esse filme. São incrivelmente ignorantes.

 

Malu

Toque

Levemente, com calma, sem pressa
pousou suas mãos em meus ombros
envolveu-me num abraço doce de despedida.
Lembro de chorar baixinho, constrangida.
A espera findou alí
E foi com aquele abraço que morri.
Afoguei em mim o sufoco de anos
...

de um desejo que nem eu sabia que existia.

 

Malu

 

Voltas em mim

Voltas em mim!
É mais ou menos uma corrente
os elos amarrados em meu corpo,
em minha mente.
Faz eco no corpo...quer sair,
Soltar um elo da corrente, não!
Em sendo assim já me encontro melhor que ontem,
mesmo ainda em voltas comigo
Existe um narcisismo odioso, vergonhoso na escrita do eu, eu, eu-
Mas no final me descubro
Para deixar de encobrir o que estava mudo.

Malu

André e Eu

É de uma ausência tão presente
Que a presença ausente não existe.
Nossa vida, assim, nem feliz nem trise
Nos pertence, e permanecemos a espera.
...
Essa ausência tão nossa, fere.
Mas nos revira à vida
Sempre, sempre! Malu

Corpo e Mente

Sinto assim:
só eu só e o meu corpo
à parte de mim,
como se fosse um eu oposto ao de dentro.
Esse corpo
ser independente
sendo em mim algo, me entristece.
Vejo que somos dois em um ser só
pedindo unificação.
Re- significar, unir- rápido.
Mas sou repartida em dois e só.
Malu Calado

ENCANTAMENTO

 Senti um vazio...falta.
A velha amiga preencheu o espaço entre o coração e o estômago
Uma bola de bilhar entrando na caçapa
O impacto, a dor de preencher o vazio com dor...
Vejo saltitar na sala, a criança.
Sua voz linda, suas mãozinhas em meus cabelos,
seus cabelos em meu rosto, ao lado, acalmou tudo
E eu pude viajar em mais um livro.
Malu

O Homem de Beijing

O Homem de Beijing do autor Sueco Hennimg Mankell é uma aula sobre comportamento humano- política e geografia. Uma viagem pelos Continentes: Americano, Asia, Europa, África; uma viagem à construção da grande ferrovia nos EUA, também pelos Chineses, ao Governo de Mao, ao presente crescimento da China e suas consequências no continente Africano. Além disso uma viagem às razões do comportamento humano após traumas terríveis e às marcas do preconceito.
Um livro inteligente para quem gosta de aprender.

Malu

O Mundo Pós Aniversário

O Mundo Pós- Aniversário da autora Lionel Shriver acompanha a marca da sinceridade. A escrita dessa autora me surpreende pela sua capacidade de analisar as mais difíceis situações da vida, e com muita frieza.

 

Nesse caso, o drama de Irina- a protagonista- é tentar acertar escolher entre dois amores: Ramsey e Lawrence. Homens completamente diferentes que a agradam.

 

De maneira bastante sincera a autora consegue analisar as consequências que uma escolha traz. A autora intercala os capítulos, descrevendo como seria a vida de Irina com um ou outro homem que ela escolha viver.

 

Não é uma leitura leve, é inquietante. Mas para quem não tem medo da verdade é uma ótima escolha para atualizar e amadurecer a leitura.

 

Malu

AMOR

 

O filme AMOR do Michael Haneke- premiado com a Palma de Ouro em Cannes- na minha opinião, mostra de uma maneira bem crua a realidade cotidiana de um casal de octagenários, após a esposa sofrer um derrame, perdendo assim as suas habilidades como musicista. Ela não quer mais viver.
Não acho o tema complexo- mas sim corajoso- ao afirmar que a morte pode não ser a solução, mas põe fim, sim, ao sofrimento.
O filme simplesmente fecha as portas para qualquer tipo de julgamento, mas abre outras para a reflexão.

Malu