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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

SER FINGIDA



Foi muito engraçado abrir a minha caixa de mensagens e ler que eu sou FINGIDA! Que eu fingo amar e ser feliz... 
Às vezes é necessário, afinal como seria eu poeta e mulher sem semblante? O semblante eu escolho a depender do dia, da minha agonia. Sou alegre de natureza e meu coração é realmente grande! Mas também sou triste e confio pouco. Ser não implica seguir um padrão, aquele que escolhem colhendo opiniões gerais e montando um quebra- cabeça igual para todos. Ser implica estar assim ou assado, metamoforisado a todo o momento, pois se me contento com o igual lançado no peito na sociedade eu vou morrer de tédio. E como prefiro morrer de medo de mim, vou seguir fingindo a verdade de ser eu.

Malu Calado