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terça-feira, 17 de maio de 2011

Pânico X Psicanálise

Eu quero sair mas não consigo
Esse formigamento em meus braços
A paralisia se instalando
A boca entortando
O ar indo embora...
Aí vem a maldita psicanálise e diz:
"É o medo, sua covarde!"

O mais incômodo
É o formigamento na cabeça
E a falta de ar.
As lágrimas descem sem razão
E as mãos se movem com esforço.
Aí vem a maldita psicanálise e diz:
"Está com peninha de você, é?"

A garganta apertando
A musculatura frágil
Tensa ao mesmo tempo!
Aí vem a maldita psicanálise e diz:
"Está gozando do sofrimento!"

Sem conseguir sair de casa
Da cama, do sofá.
O isolamento encostando
Imagem do monstro
Rosnando.
Aí eu grito:
"Que espécie de ser humano sou eu?
Dê-me um número do DMS
E me entupam de remédio!"

A maldita psicanálise responde
De volta:
"Mimada, não consegue sentir- se
Rejeitada!"

Malu Calado

4 comentários:

  1. Um desejo profundo de braços que te alcancem desse poço de onde ainda te vejo...
    Enxergo olhos de pedido...
    Há uma corda...ouço a corda na tua palavra.
    Segura e sobe à tua procura...uma mulher sorrindo te espera.

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  2. Anônimo disse...Lindo!

    Estou emocionada, calada e sorrindo!
    Obrigada pela doçura das palavras.
    Esse entendimento que podemos ter do outro é que nos move a alma para continuar escrevendo!
    Bjs,
    Malu

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  3. Pessoas-poesia, assim como você, também me movem...Bj

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  4. Anônimo, obrigada!
    Ser pessoa- poesia para alguém, e saber que uma palavrinha pode ajudar é magnífico!
    Ah! Foi para a análise?
    Bjs,
    Malu

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